O Xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, dono do Manchester City, ofereceu £ 100 milhões, o que equivale a R$ 336 milhões, para ter o craque Kaká no seu time. É um valor absurdamente alto, que, imagino, faria qualquer pessoa saltar da cadeira na hora e assinar sem sequer ler o contrato. Nem todos.Kaká, ao contrário da população mundial, está relutante em aceitar a proposta, e diz que o acerto depende de algumas condições. São elas:
1) Xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan dever seguir como dono do clube e manter seus substanciais investimentos;
2) O Manchester City precisa se classificar para a Liga dos Campeões em até dois anos;
3) Robinho não pode ser vendido;
4) Seus representantes seguem apenas como únicos donos dos seus direitos de imagem.
Quase tão ridículo quanto o valor oferecido, são as condições de Kaká para assinar o contrato. Um valor que, segundo o site globo.com, poderia comprar 685 apartamentos de 4 dormitórios no Morumbi, aqui na cidade de São Paulo. Será que o Kaká vale tudo isso? Ou melhor, será que existe alguém na face da terra que valha isto?
Entendam que não estou questionando a pessoa que é o Kaká, que sempre me pareceu um homem de excelente caráter, caridoso, enfim, um exemplo de cidadão. Mas ainda acho que ele não vale todo este dinheiro. E ainda acho que, pela pessoa de bom caráter que é, ele mesmo deveria questionar isto nas condições ridículas que ele impôs ao clube.
Se o Xeque Mansour oferecesse metade deste valor para ter o craque, e doasse o resto para as vítimas palestinas na faixa de Gaza, ou pra Santa Catarina, ou pras vítimas do conflito no Sudão, ou qualquer outra população carente, acredito que o dinheiro estaria sendo melhor utilizado. Mas, o dinheiro não é meu. Aliás eu jamais terei uma quantia dessas na minha vida.
Até porque, se tivesse, já teria doado metade pra caridade.
Update(16/01/09): O Xeque Mansour duplicou o valor oferecido pelo craque do Milan que, parece, aceitou. Kaká deverá receber R$ 993 mil por semana. Não sei o que me deixa mais triste: o fato de nem o Kaká e nem o Xeque Mansour lerem o meu blog, ou, pior, o fato de terem lido e não terem se importado com meu protesto! Lamentável!
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Um comentário:
Enquanto jogadores de futebol valem tanto, além das sociedades carentes que você citou, os professores de colégios públicos, médicos de hospitais governamentais e profissionais da limpeza, tão fundamentais para a educação, a saúde e a limpeza de nossa sociedade não recebem nem 1% do merecido pelo exercício de suas profissões. A meu ver, jogadores como o Kaká e presidentes de grandes clubes perderam a noção de realidade econômica.
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