Em assembléia realizada no sábado, falhou a segunda tentativa do Presidente do Palmeiras, Affonso Della Monica(foto acima), de prorrogar o seu segundo mandato. Em outubro, o presidente obteve a mesma resposta do Conselho Deliberativo. Como já está no segundo mandato, Della Monica deveria escolher o canditado da situação para concorrer nas eleições de janeiro próximo, contra o canditado da oposição, Roberto Frizzo, o mesmo candidato que foi derrotado em 2007, por uma diferença mínima de 32 votos. Porém, nesta tentativa desesperada de permanecer no poder, o atual mandatário permitiu que a oposição tivesse mais tempo para se organizar, e, hoje, Frizzo aparece como o favorito para a sucessão. Este veto foi uma decisão acertada dos sócios, pois poderia ter sido instituída uma nova ditadura, depois de 12 anos com Mustafá Contursi no comando do clube(1993 - 2005), época em que o Palmeiras teve grandes times com a parceria construída com a Parmalat, parceria esta realizada pelo seu antecessor, Carlos Facchina. Porém, foi também em seu mandato que o Palmeiras sofreu a pior fase de sua história: o rebaixamento para a série B em 2002.
Na verdade, a demora do atual presidente em tomar uma decisão foi por conta do racha que existe na atual base de apoio. Em 2005, após 12 anos de ditadura de Mustafá Contursi, Della Monica, o vice de Mustafá na época, assume a presidência do Palmeiras. Na oposição existia um grupo chamado Muda Palmeiras, que fazia forte campanha contra a ditadura de Mustafá desde de 1996. Um ano após assumir, Della Monica rompe com Mustafá, e passa a contar com o apoio de um novo grupo, que tinha como principais nomes Salvador Hugo Palaia e José Cirillo. No final do seu primeiro mandato, em 2006, Della Monica estava isolado, e perdeu muito prestígio com o time rondando a zona de rebaixamento. Para conseguir o segundo mandato, Della Monica aceita um acordo eleitoral com o grupo Muda Palmeiras, acordo onde ele daria o controle do departamento de futebol do clube a nomes do Muda Palmeiras, como Gilberto Cipullo e Serafim Del Grande. Com o acordo, Della Monica consegue seu segundo mandato, porém, fica com sua base rachada em dois grupos distintos. Com a aproximação da eleição de 2009, ele percebe que a indicação de um canditato da situação se torna uma difícil escolha. Se ele escolhesse alguém do grupo que o apoiou no primeiro mandato, perderia o apoio do forte grupo Muda Palmeiras. E vice versa. Qualquer canditato que ele escolha para sua sucessão deve perder votos para alguém de sua própria base, e facilitar a ascenção da oposição. Sem saber como resolver esta situação, Della Monica tentou desesperadamente estender em um ano o seu mandato, para, no ano que vem, tentar unir sua base em torno de um canditado único.
A desculpa é boa, mas não cola. Se Della Monica nesses dois anos em que esteve no comando não demonstrou a habilidade política para unir seus aliados, não é um ano a mais que faria alguma diferença. Além disso, o processo democrático deve sempre prevalecer. A manutenção do poder deve ser realizada de forma natural, pela habilidade de negociação do mandatário, fazendo sempre eleger o seu sucessor de confiança. Porém, a falta de habilidade política de Della Monica foi claramente demonstrada no processo eleitoral deste ano. Roberto Frizzo deverá ser o novo presidente alviverde, salvo algum milagre aconteça. Ele é tachado como o "canditado do Mustafá", porém, em entrevista ao repórter Paulo Vinicius Coelho(leia em seu blog), ele deixou bem claro que é canditado pelo Palmeiras e por mais ninguém. Ele frisa que o apoio de Mustafá é bem recebido, mas em diversas oportunidades dentro de sua vida no Palmeiras ele e Mustafá estiveram em lados opostos.
Vamos torcer pra que este processo eleitoral termine sem maiores repercussões e que seja montada uma equipe forte, para suprir uma grande torcida que está carente de títulos. Ano que vem, fazem 10 anos da maior conquista do clube: a taça Libertadores da América. Quem sabe o presente não possa ser o segundo título?
Hello world!
Há um ano
2 comentários:
É verdade amigo.
Especulações endoidam a gente, mas eu gosto.
Acredito que a diretoria não esteja parada. Por fontes confiaveis, parece que os nomes mais certo são:
Vitor(LD, Goiás)
Danilo(Z, Atletico PR)
Lima(Z, Bétis - ESP)
Maldonado(MD, Fener) (talvez)
Neri Cardozo (M, Boca - ARG)
E tem um bom Lateral-Esquerdo que não teve nome revelado, mas etnho quase certeza que é o Junior César do Fluminense.
Outros nomes fortes:
Spolli (Z, na ARG)
Carlinhos Paraiba (M, Coritiba)
Lucio Flávio (proposta do Japão complicou)
Se o Kleber ficar já temos um bom elenco. A Direção não quer fazer alarde, quando anunciar vai ser nomes certos.
Nação Palmeiras!
É complicado Artur.
Saiu mesmo no GEsporte que o Junior Cesar assinou com os bambis. Mas será mesmo?
To achando que é notícia plantada.
Espero que sim!
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